flor
O NASCIMENTO DA ARTE em Viseu
auto-edições
A auto-edição é um caminho novo para mim, cheio de entusiasmos e incertezas. Tudo começou há dois anos com a pequena tiragem caseira de “O AMOR É UM CADÁVER ESQUISITO” que recolhia uma seleção dos desenhos surrealistas conjuntos que eu e a Paula Delecave (e por vezes a Miranda) fazemos. No ano passado seguiu-se DESENHAR DO ESCURO que teve um acolhimento que superou bem as minhas expectativas. Agora chega VIGIA, e pelo andamento da carruagem também vai encontrar as mãos dos seus leitores. A auto-edição permite-me publicar livros que dificilmente encaixariam nas coleções editoriais de larga circulação; sem essa pressão comercial, que exige tiragens elevadas para cobrir os custos de todos os intervenientes (editora, distribuidor, livreiro), posso dedicar-me a escolher materias de qualidade e acabamentos que fazem destes livros objectos únicos. Também tem sido interessante envolver-me no processo completo, desde as idas frequentes à gráfica para acertar detalhes, passando pelas horas intermináveis a enviar e responder emails, até às viagens ao correio com malões cheios de caixas; limpar latrinas ou lavar roupa à mão nunca foram problema para mim, e fazer essas tarefas corriqueiras complementa bem as minhas horas de cabeça no ar. Acredito que estou a abrir um caminho particular, mais direto, até às pessoas que se interessam pelo meu trabalho. Uma economia local, de bairro global.
trailer VIGIA
aceito a partir de agora encomendas do meu novo livro VIGIA.
PROMOÇÃO LIMITADA
as primeiras 10 pessoas que encomendarem
2 exemplares do meu novo livro VIGIA,
terão como oferta (+ valor de portes)
esta serigrafia
edição CENTRO PORTUGUÊS DE SERIGRAFIA
50x70cm a 15 cores em papel Fabriano 290g,
tiragem de 150 (2019)
VIGIA, o meu novo livro
VÁLVULA no MAAT
Para quem me pergunta frequentemente quando é que vou fazer espectáculo em Lisboa: na próxima quarta 5 outubro apresento com o Lbc Soldjah o nosso VÁLVULA às 17h30 no MAAT (sala dos geradores), integrando a programação do aniversário do MAAT (curadoria do teatro LU.CA). O espectáculo parte da história do graffitti e da cultura hip hop para fazer pensar sobre o direito à cidade, a propriedade privada, a legitimação da arte, os mecanismos da formação de opinião. Apesar de ter sido pensado para adolescentes, as quase 100 apresentações que já fizemos por todo o lado mostraram que são os adultos que vêm ter conosco no fim do espectáculo para agradecer o material de reflexão que lhes demos.
os meus cadernos
sonho 3
14
em Dublin com Desmond Morris
acentuado arrefecimento noturno
porque faço livros?
Há quem me pergunte porque faço livros em vez de desenhos que se possam pendurar em paredes. Gosto da intimidade do livro, do cara-a-cara com o leitor, da solenidade do virar de página, da dualidade esquerda-direita. Gosto de o segurar nas mãos, de viajar com ele, de o passar para as mãos de muitas pessoas.