dia de São Pincel | St. Brush’s day
DSK
prazer da leitura 2011
já disponível nas FNACs (por uns simples 4 euros) a edição deste ano do “prazer da leitura” que traz dentro contos do Ondjaki, Afonso Cruz, Onésimo Teotónio de Almeida, Ricardo Adolfo, Dulce Maria Cardoso e … os meus desenhos como habitualmente. é um óptimo showcase daquilo que a ficção portuguesa vai escrevendo.
escritores em movimento
subway na parede | subway on the wall
Montando a primeira exposição “Subway Life” em grandes formatos para o “LeV – Literatura em Viagem” em Matosinhos, onde participarei neste fim de semana.
Putting up the first large format exhibition of “Subway Life” drawings in Matosinhos (Portugal)
showreel
já nas livrarias…
a estreia de Antígono | Antigono’s openning
agora que a festa acabou (por agora)
as duas récitas da ópera ANTÍGONO foram momentos de muita intensidade com o coração a correr depressa, a garganta apertada de emoções, e a contemplação do sublime. agora que tudo se desvanece, examino as marcas que me ficaram no corpo:
//é nestes breves momentos de excepção que percebo porque é que temos o melhor trabalho do mundo (ser artistas): todas as frustrações da vida corrente, as lutas, as angústias, os egos embrulhados se desatam para dar lugar à paixão em estado concentrado.
//são grandes as coisas que podemos fazer quando somos muitos: talentosos, rigorosos, apaixonados e solidários.
//precisamos de beleza, do sublime: no meio dos nossos dias tão herdeiros de niilismo e destruição (no que à arte diz respeito) é inspirador olhar para a música barroca e deixar-me arrebatar pela construção do prazer, da inteligência e da emoção.
//no meio da desinspiração geral que reina, ateada pelo espírito merceeiro da nossa imprensa, é muito bom poder vislumbrar as MUITAS pessoas que neste país querem, podem e fazem coisas muito bem feitas.
agora, volto à minha vida normal (com um sorriso nos lábios)
É hoje
Ópera ANTÍGONO estreia às 20h no Grande Auditório do CCB.
A sala vai-se encher, e nós vamos fazer o melhor que soubermos a música que alguém escreveu o melhor que soube, naquela altura.
já nem faltam 2 dias para estrear
é hoje o ensaio geral, à hora do espectáculo. ontem o pré-geral demorou uma tarde inteira.
sinto que deixámos o casulo: há uma efeversccência em que toda a gente se empenha para melhorar os detalhes. somos todos peças de uma máquina grande e sabemos onde cada um deve estar e quando.
combato uma gripe, a energia em baixo, há uma pequena nuvem sobre a minha cabeça. talvez seja só parte do trabalho de parto.
faltam 3 dias para estrear
ensaio corrido do 3º acto: estamos prontos para os gerais.
desejaria esticar para o dobro (pelo menos) este tempo que passo no meio do fosso da orquestra rodeado de naipes de cordas, sopros, a sentir (literalmente) o vento causado pelos movimentos do maestro sobre a minha cabeça, e a estremecer com os pulos que dá em cima do estrado.
mais perto da música? só se enfiar a cabeça dentro de uma tuba, ou assim.
há uma sensação geral de finalização, de estarmos a chegar ao destino da nossa viagem. como dizem os ingleses: “looking forward to…”
faltam 4 dias para estrear
hoje chegaram as sandálias e as botas e um ensaio mais ou menos corrido do 2º acto. algumas falhas aqui e ali mas sente-se que a obra se aguenta, sólida.
os cantores ensaiaram sem figurinos e dá para perceber que um actor/cantor sem figurino é como um guerreiro sem armadura.
como bónus um jantar japonês, sake, e yucan em boa companhia. não preciso de pedir muito mais da vida, hoje…
faltam 5 dias para estrear
primeiro ensaio corrido do 1º acto com TUDO. algumas calinadas, brancas de texto, alterações de última hora, mas a coisa vai-se dar.
hoje aprendi que as cordas da orquestra têm de começar afinadas ligeiramente abaixo dos sopros: quando chegarem ao fim do acto as cordas vão ter baixado de tom e os sopros subido.
será que se pode utilizar a mesma técnica para a vida de casal?